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  • Foto do escritorHelena Fruet

Quem indica amigo é

Atualizado: 14 de set. de 2020

Foto: Quarteto em Voz Maior: Carolina Leidefarb, Luciana Barbosa, eu e Adalgisa Pires.

Na semana passada, tive duas conversas com pessoas totalmente diferentes, mas que me chamaram a atenção para um assunto – as indicações de amigos e colegas para trabalhos.

Uma foi uma renomada diretora de dublagem que está apostando também na locução agora. Como ela sabe que faço muita locução, me pediu indicações de produtoras da área para mandar seu material e completou: “pode ficar tranquila, pois meu timbre é diferente do seu – não concorremos”. Expliquei a ela que a indicaria por seu talento – independentemente de ser minha concorrência ou não.

A outra foi uma cliente que me contatou para me contratar para mestre de cerimônias de um evento em outubro. Evento grande, superbacana, em espanhol. Mas... em Curitiba. Pedi desculpas e expliquei que infelizmente não posso viajar agora, nesse contexto de pandemia, para proteger principalmente minha família. Levando em conta a dificuldade que é encontrar apresentadores com espanhol realmente fluente, respondi para a cliente com a indicação de uma colega que poderia atendê-los. A cliente ficou tão surpresa e feliz com a minha indicação que disse que certamente me chamará para outros eventos. Segundo ela, esse tipo de atitude é rara no nosso meio.

As duas situações falam em indicar profissionais que poderiam ser consideradas minhas concorrentes. Quem me conhece, sabe que faço isso o tempo todo. Um dia uma amiga me questionou sobre isso – para ela, eu estava desperdiçando oportunidades ao colocar concorrentes no jogo. Mas eu não penso assim – quem me conhece sabe que eu acredito em talento, dedicação, em fazer um bom trabalho. E que se as coisas devem ser minhas, elas serão, independentemente da concorrência.

Tenho um grupo de amigas locutoras onde aplicamos exatamente isso – podemos ser consideradas concorrentes diretas, pois temos até timbres de vozes parecidos e volta e meia somos chamadas para os mesmos testes. Mas somos amigas em primeiro lugar e trocamos figurinhas sobre a profissão, nos aconselhamos, vibramos com as conquistas e oferecemos ombros amigos nas derrotas. Nunca senti que perdi alguma coisa com isso – pelo contrário: só ganhei. O que é meu, tá guardado. E elas estão guardadinhas no meu coração!

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